sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Seguros de crédito não vão cobrir perdas no Novo Banco


Painel de advogados negou intenções dos credores do ‘banco bom’ do antigo BES. Decisão segue exemplo das deliberações anteriores.

Extinguiu-se mais uma luz de esperança para os credores institucionais do Novo Banco. A decisão do Banco de Portugal de capitalizar o banco público recorrendo à transferência de quase dois mil milhões de euros de dívida para o atual 'banco mau' não foi considerada um 'evento de crédito', e por isso, os seguros de crédito não poderão ser acionados.

Gigantes como a Blackrock e a Pimco tinham assegurado o investimento no antigo Banco Espírito Santo através de contratos que cobririam as perdas, mas a decisão negativa dos três advogados que realizaram a auditoria externa não permite a liquidação dos seguros. A decisão é definitiva, o que implica uma impossibilidade de recorrer a este método para compensar as perdas multimilionárias.

O pedido de apreciação foi feito pela Associação Internacional de Swaps e Derivados, que já tinha deliberado em janeiro que a transferência de obrigações do Novo Banco não se enquadrava nas regras europeias de 'evento de crédito'. Na altura, a votação tinha acabado com 4 votos a favor e 11 contra; uma vez que são necessários 12 votos do lado vencedor para que a decisão seja validada, a Associação viu-se forçada a pedir uma análise externa, conta a Bloomberg.

Os advogados Adrian Beltrami, Mark Hapgood e Sir Bernard Rix decidiram por unanimidade que a decisão não era favorável aos credores e condenou assim as instituições detentores de dívida do Novo Banco a absorver potencias perdas de quase dois mil milhões de euros.

Fonte: Notícias ao Minuto.

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